quinta-feira, 30 de abril de 2009

A queda

Correr. Dançar. Pular. Pensei que nunca mais pudesse fazer tudo isso. Sentir-me , totalmente, frágil e percebendo que não nada podia, coloquei-me mais uma vez aos cuidados de Deus. Foi ao descer do transporte, pela manhã, que escorreguei nos degraus e caí. Naquele momento, só pensei em proteger minha cabeça e coluna, desesperadamente, segurei bem forte na porta, tentando me segurar. Os poucos segundos, em que ocorreu o acidente, me fizeram refletir na minha condição de insuficiência. Pois nem mesmo sustentar-me sobre meus pés. Compreendi as pessoas que perderam os movimentos, repentinamente, podem sentir-se vulneráveis, não necessariamente porque estão com limitações que anteriormente não tinham , mas por depender quase que totalmente da ajuda de alguém. Como também, não é que ser ajudado seja humilhante, porém somos ensinados desde pequeninos a nos tornar independentes, e isto frustra tudo o que parece ter sido nosso manual de sobrevivência para ser " gente grande". Assim, sou grata pelo Teu cuidado.

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