quinta-feira, 30 de abril de 2009

A queda

Correr. Dançar. Pular. Pensei que nunca mais pudesse fazer tudo isso. Sentir-me , totalmente, frágil e percebendo que não nada podia, coloquei-me mais uma vez aos cuidados de Deus. Foi ao descer do transporte, pela manhã, que escorreguei nos degraus e caí. Naquele momento, só pensei em proteger minha cabeça e coluna, desesperadamente, segurei bem forte na porta, tentando me segurar. Os poucos segundos, em que ocorreu o acidente, me fizeram refletir na minha condição de insuficiência. Pois nem mesmo sustentar-me sobre meus pés. Compreendi as pessoas que perderam os movimentos, repentinamente, podem sentir-se vulneráveis, não necessariamente porque estão com limitações que anteriormente não tinham , mas por depender quase que totalmente da ajuda de alguém. Como também, não é que ser ajudado seja humilhante, porém somos ensinados desde pequeninos a nos tornar independentes, e isto frustra tudo o que parece ter sido nosso manual de sobrevivência para ser " gente grande". Assim, sou grata pelo Teu cuidado.

sábado, 25 de abril de 2009

Tristeza



Tristeza. É o que sinto agora.Talvez, por que permiti que em meu coração acumulasse sentimentos de rejeição e de inferioridade. Parece que "ninguém" percebe minha presença! Sei que tenho quem se preocupa comigo e que se importa com os problemas que rodeiam minha cabeça. É, mas quando estou só fico mais frágil do que posso descrever; sem forças, somente o choro para me acompanhar nas minhas lamentações. Será uma noite difícil , entretanto meu Pai em seu colo cuidará de mim.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Vendendor de Sonhos


"Trabalhamos, compramos, vendemos e construímos relações sociais; discorremos sobre política, economia e ciências, mas no fundo somos meninos brincando no teatro da existência, sem poder alcançar sua complexidade. Escrevemos milhões de livros e os armazenamos em imensas bibliotecas, mas somos apenas crianças. Não sabemos quase nada sobre o que somos. Somos bilhões de meninos que, por décadas a fio, brincam neste deslumbrante planeta"
Este livro é realmente fascinante.Seus questionametos nos fazem refletir quanto a nossa condição perante nós mesmos, quem somos ou quem queríamos ser.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Busque Amor




Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

"Como podemos diante das dores do amor viver querendo amar mais?
Parece que levamos no bolso uma segurança que nos embaraça a verdade, todavia que prazer maior há que sentir que está completamente entregue aos desejos do outro. Daí é só sofrer a ausência do amor, seu silêncio e até mesmo a sua presença. Assim, não vivemos o amor , porque estamos sempre esperando morrer de amores."Caroline Duarte

Uma pedra no meio do caminho



No meio do caminho tinha uma pedra; o medo
tinha uma pedra no meio do caminho; a multidão
tinha uma pedra; o coração
no meio do caminho tinha uma pedra; o sono

Nunca me esquecerei das noites em que minhas fatigadas retinas molhavam meu rosto.
Nunca me esquecerei das pedras que tropecei no meio do caminho que passei
tinha uma pedra; várias pedras
tinha uma pedra no meio do caminho; que virou meu pódio
no meio do caminho tinha uma pedra.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Segurança



Hoje, achei-me completamente segura. Sim, sinto segurança no sorriso de uma criança, pela sua simplicidade e por nada temer, pois mesmo sendo tão frágil está sempre protegida. Na companhia do meu amado é que me sinto em segurança. Meus pés não vacilam no caminho, nem temem o mal, sequer desconfiam do seu cuidado. Por que nos teus braços eu sinto tanto amor, pois segura estou no silêncio do teu olhos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Medo




Como saber se estamos realmente apaixonados? Será por aquele brilho nos olhos? Será que o coração palpita de saudades? Será pelo tremer ao falar ao telefone e até mesmo se nos faltam palavras? Será que ficamos sem ação diante de um bem querer? Será que aquele amor estará pra sempre ao nosso lado ou não?
Este medo de viver que nos corrói; que nos faz pensar em cada gesto, nas palavras não ditas e na intolerância dos erros.
Mas o medo não está somente em declarar um amor pra vida toda, está em reconher no próximo suas falhas e tolerá-las de tal forma a aprender a conviver com elas e consigo mesmo.
Por isso, hoje, vou parar para ouvir minha voz e me observar no espelho, talvez eu não descubra nada de novo ou quem sabe caiam as escamas dos meus olhos, compreendendo melhor meus sonhos e desejos.
Amanhã vou até acordar sem medo de mim e dos outros.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Entregar


Amar é o mesmo que entregar. Entregamos os sentimos , os anseios, as desilusões, as dores, tudo é uma questão de permitir. Sim, permita que alguém seja testemunha dos seus dias, sejam eles bons ou maus. Mesmo quando parece que não há motivos pra sorrir, ainda assim, vai tudo bem, se compartilhamos o amor.

Lute


Diante das lutas, sempre ouvia Deus me dizendo pra não desistir. Não era fácil encarar o desânimo, o medo, a vergonha e até mesmo a descrença das pessoas que estavam ao meu lado. Mas eu já sabia que a luta era grande porque a vitória seria grande, também sabia que não bastava ser do tamanho do meu sonho, não era o suficiente, eu deveria ser maior que ele. Domingo, percebi que como Josué eu precisava marchar em silêncio ao redor da muralha e depois como um bravo guerreiro que confia no Senhor também deveria bradar em alta voz para que elas caíssem. A muralha estava na minha cabeça, diante da vitória dos meus amigos comecei a me sentir impotente, porém o Senhor com sua infinita graça me falou que faria meu nome grande não para minha glória ou mesmo pelos meus esforços, mas porque assim como Josué foi a batalha, eu também deveria ir sem medo, permitindo que Deus fosse a frente da guerra. Foi por isso que venci mais uma batalha em minha vida Senhor e a Ti dedico-a. Obrigada. Caroline Duarte

sábado, 18 de abril de 2009

Mil quatrocentos e quarenta


Mil quatrocentos e quarenta minutos... É tudo o que eu e você temos todos os dias, o mesmo tempo, para falar de amor , das alegrias , da dor e dos problemas. E os mesmos mil quatrocentos e quarenta são usados completamente, sem sobras, parece até tudo igual. Mas não, cada momento, deve-se eternizar em nossas memórias e em nossa história. Mil , aparentemente, é muito. Todavia, cada minuto se faz com suas sutilezas. Aproveite mais a vida.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quase Peixinho


Talvez, em sua vida, você já tenha parado para refletir nos resultados de suas decisões e decepcionou-se com o concluiu.Quem sabe,nestes últimos dias, você foi quase o funcionário do mês da empresa em que trabalha, ou foi quase o melhor aluno da turma.

Sabe o que me atormenta? O quase .Quase você perdeu, ou quase perdeu. Provavelmente, deve até ter vivido algumas dessas situações ou tê-las presenciado com algum amigo.Compreenda que ser o melhor não significa ser sem defeitos, ou ainda, ser perfeito, mas ser o melhor de si mesmo.

Lembro-me de que num certo dia, tive um desses momentos epifânicos.Observei que um belíssimo peixe estava num pequeno aquário, sozinho, solitário, quieto, praticamente inerte; porém esse peixinho foi transferido para um aquário natural cheio de pedrinhas, de plantinhas e de peixinhos.Algum tempo depois aquele belo peixe havia-se destacado dos outros peixes, por causa da sua beleza, da sua agilidade ao nadar por todos os cantos do aquário e seu tamanho admirável, pois era o maior de todos.

Concluí que quase aquele peixinho morreria solitário, quase viveria para o resto de sua vida naquele pequeníssimo lugar, quase seria pequeno quanto tudo que o rodeava. Sim, porque se o dono do aquário percebesse anteriormente que aquele peixinho só precisava de um novo lar ele já o teria proporcionado há mais tempo.O olhar foi pequeno, porque o peixe era pequeno. Hoje, você

pode até viver pequeno e limitado, porque os que o rodeiam não enxergam sua grandeza. Contudo a escolha é sua se quer quase viver, se quer quase passar de ano na escola, ou quase ser um profissional de sucesso, se quer quase ter uma bela família, ou quase ser admirado pelas pessoas que o rodeiam.Determine-se em retirar o quase do seu vocabulário e seja o resultado do esforço e da determinação das suas escolhas de ontem sem nenhuma limitação.